Um relatório do site Kids Corp constatou que quase nove em cada dez crianças e adolescentes da região assistem a conteúdo de streaming.
Embora alguns já estivessem presentes antes da pandemia, a contingência de saúde gerou maior concorrência entre as plataformas de streaming. Durante 2020/2021, conglomerados como WarnerMedia, Disney e Paramount lançaram seu próprio site ou aplicativo com conteúdo original exclusivo e, em alguns casos, voltado para um nicho específico de público.
Diante desse cenário, a kidtech Kids Corp apresentou um relatório que analisa o consumo desses canais entre crianças e adolescentes, por meio de sua Askids divisão de pesquisa. De acordo com a pesquisa, o boom desse setor se deve ao impulso dado pelas novas gerações.
Relevância das plataformas de streaming na região
De acordo com o estudo, na América Latina, 86% das pessoas com menos de 18 anos de idade assistem a séries e/ou filmes via streaming. Em países como Colômbia e Chile, essa porcentagem sobe para 90%, enquanto o Peru tem o menor número: 70%.
Também deve ser observado que esse segmento da população passa, em média, 11 horas por semana assistindo ao conteúdo encontrado nesses canais. Com 83% de penetração, a Netflix lidera a região, seguida pelo YouTube (71%), Disney+ (40%) e Amazon Prime (31%).
Em termos dos gêneros mais populares, as aventuras estão na vanguarda, com 51% de preferência. Também há interesse em humor (45%), super-heróis (42%) e ação (38%). Ao mesmo tempo, vale a pena mencionar que 85% procuram informações em diferentes mídias sobre suas séries e filmes favoritos.
Como é o vínculo entre as marcas e as crianças no streaming?
A pesquisa afirma que o conteúdo impulsiona as compras em 7 de cada 10 crianças e adolescentes, sendo uma grande oportunidade para produtos licenciados. Nesse aspecto, roupas, brinquedos e livros estão no top 3 das categorias mais escolhidas.
Os países onde a maior parte do merchandising oficial de várias produções é comprada são a Argentina (71%) e a Colômbia (70%). A menor porcentagem foi encontrada no Brasil (60%). O relatório também aponta que esse comportamento diminui com a idade.